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26 julho 2008

Os milhões e os tostões...

Depois da decepcionante campanha da época 01/02, em que a equipa portista logrou apenas alcançar o 3º lugar no campeonato, o futebol portista sofreu uma verdadeira revolução. José Mourinho, contratado a meio da temporada anterior em substituição de Octávio Machado, deu inicio à mais brilhante série de resultados do historial do FC Porto. As suas primeiras palavras como técnico da equipa prenunciavam o sucesso vindouro: " Na próxima época seremos campeões". Mas até o adepto mais optimista desconfiaria se lhe dissessem que em duas temporadas o FC Porto alcançaria dois títulos de campeão, uma Taça UEFA e o troféu mais prestigiado de clubes, a Liga dos Campeões. Com uma equipa fragmentada, desolada e sem confiança e com a administração com parcos recursos económicos para avançar sobre o mercado, o projecto portista de Mourinho teria que ser monumental. Assim, fez-se rodear de técnicos da sua confiança (Vilas Boas, Rui Faria e Baltemar Brito), escolheu criteriosamente jogadores da sua confiança, com uma enorme vontade de ganhar e com a premissa de serem adquiridos a baixo custo e identificados com o campeonato português para uma mais rápida adaptação. Vieram Maniche, Nuno Valente, Nuno, Derlei, Pedro Emanuel, Paulo Ferreira, César Peixoto, Mcarthy, Pedro Mendes, Carlos Alberto e Bosingwa, o que a juntar a alguns jovens de enorme qualidade dentro do clube perfez a equipa mais vencedora de sempre do futebol portista mas também a que mais rendeu aos seus cofres. Dos plantéis de Mourinho, o último jogador a partir foi Bosingwa esta época para o Chelsea, e na totalidade renderam aos cofres do FC Porto mais de 200 milhões de euros. Mas o que ficou de Mourinho depois da sua partida para o Chelsea de Abramovich?
1- O mesmo campeonato enfadonho com equipas construídas pela quantidade e não pela qualidade;
2- Os mesmos técnicos limitados, quer na condução táctica e técnica de uma equipa de futebol profissional, quer na delimitação dos objectivos colectivos e pessoais;
3- Os mesmos jovens da formação desaproveitados, emprestados e humilhados em certas circunstâncias em detrimento de jogadores estrangeiros de qualidade duvidosa;
4- A mesma gestão danosa e incompetente das finanças por parte da administração;
5- O vai e vém de jogadores todos os períodos de transferências e a gestão dantesca dos empréstimos de jogadores com contrato com o clube;
6-Os mesmos objectivos de ser campeão não por sermos muito bons mas porque todos os outros são realmente fracos e a passagem aos oitavos da Liga dos Campeões...é pouco!
É uma visão demasiado ultrapassada, diria mesmo limitada do que deve ser o sucesso de um clube, que um dia Mourinho ousou voltar a tornar "grande" e respeitado na Europa do futebol...Mourinho mostrou que podemos bater-nos de igual para igual com qualquer equipa independentemente do seu orçamento e dos jogadores que compõem o plantel, mas será que ninguém aprendeu nada?
Para ser grande não basta querer é preciso acreditar...

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