Jesualdo Ferreira adoptou um modelo de jogo para a equipa pouco condizente com a forma dominadora com que o Porto sempre abordou as partidas. A equipa retrai em demasia a sua linha defensiva, o meio campo pressiona essencialmente atrás do seu meio-campo e não é raro ver os onze jogadores no meio-campo defensivo entregando a iniciativa atacante ao adversário. Isto é válido para praticamente todos os jogos, mesmo quando as equipas são potenciais candidatos à descida de divisão, como se viu durante largos períodos da 2ª parte do jogo da Supertaça com o "poderoso" Paços de Ferreira (quem duvida que observe com atenção as próximas partidas). Esta forma passiva de abordar as partidas é um dos vários meios para atingir a vitória: defender com coesão e avançar em transições rápidas para o ataque, ou seja, uma terminologia diferente para dizer "contra-ataque". Depois de anos a fio a criticar o cattenacio italiano,a cultura resultadista que repetidamente apelidamos de anti-jogo, somos tolerantes em aceitar essa mesma metodologia para o nosso futebol? Com os investimentos avultados a cada Verão em novos jogadores, com uma equipa reconhecidamente capaz de aceitar a responsabilidade de assumir as despesas do jogo, com executantes de enorme qualidade, com os apelos constantes para que se encham os estádios, podemos tolerar um espectáculo deprimente por parte da única equipa com com executantes capazes de proporcionar um óptimo espectáculo? Não é por acaso que esta equipa não tem tido soluções para abrir as defesas mais cerradas, e irá continuar a ter problemas se não formatar o seu estilo de jogo previsível! A jogadores como Hulk, Valeri e Belluschi não se lhes pode pedir que continuadamente se desgastem em missões defensivas, mas sim que coloquem ao serviço da equipa todas as suas potencialidades técnicas, liberdade para assumir as despesas do jogo ofensivo da equipa, que descubram espaços nas defesas mais cerradas, que encantem a plateia com a magia que brota do seu futebol. Jesualdo Ferreira tem sido mestre em limitar a iniciativa dos jogadores criativos, em delimitar ao pormenor o raio de acção de cada jogador na equipa e isso tem tido reflexos na previsibilidade do jogo ofensivo e na qualidade do futebol apresentado e por aí se explica que Ibson nunca tenha sido opção para o treinador. O sistema táctico da equipa não pode permitir que exista um jogador na posição 10 cuja missão seja a de construir e delinear o caudal ofensivo, implicando necessariamente que Valeri e Belluschi venham a sentir dificuldades para se imporem no onze e se vejam obrigados a" formatar" o seu jogo, passando a jogar como médios de transporte de jogo rápido para o ataque, sem poderem bloquearem em demasia a bola em seu poder. Mas de que forma se conseguem desbloquear jogos contra equipas que defendem com unhas e dentes o 0-0? Com rasgos individuais do guarda-redes adversário? A opção de entregar a iniciativa ao adversário resulta na perfeição com equipas de dimensão equivalente ou superior, que gostem de jogar o jogo pelo jogo e de partilhar o meio campo adversário, o que se tem verificado na Liga dos Campeões com maior frequência. Não foi à toa que os melhores jogos do Porto de Jesualdo Ferreira se verificaram nas eliminatórias com Atlético de Madrid e Manchester United na última temporada, assim como não foi despropositado o facto de a equipa sentir sempre mais dificuldades contra as pequenas equipas do nosso campeonato no Dragão. A meu ver este plantel apresenta os jogadores ideais para avançar com a reformulação do seu sistema táctico para um 4-1-3-2, em que Fernando seria o pivô defensivo de uma linha de 3 médios composta por Rául Meireles, Rodriguez e com espaço para um médio criativo ( Valeri/Belluschi); a frente da ataque seria entregue a Hulk e Falcão/Farias. Cabe a Jesualdo Ferreira a missão de aceitar o desafio de se formatar a si próprio e colocar esta equipa a praticar bom futebol,a empolgar as plateias e a encantar a Europa do futebol com a qualidade dos seus jogadores. Mas como "burro velho já não aprende"...resta-me continuar a sofrer em frente à televisão, já que com este treinador o meu Dragon Seat vai ter que esperar pelos dias de melhor futebol!
11 agosto 2009
Quem pediu um Porto Ferreira?
Jesualdo Ferreira adoptou um modelo de jogo para a equipa pouco condizente com a forma dominadora com que o Porto sempre abordou as partidas. A equipa retrai em demasia a sua linha defensiva, o meio campo pressiona essencialmente atrás do seu meio-campo e não é raro ver os onze jogadores no meio-campo defensivo entregando a iniciativa atacante ao adversário. Isto é válido para praticamente todos os jogos, mesmo quando as equipas são potenciais candidatos à descida de divisão, como se viu durante largos períodos da 2ª parte do jogo da Supertaça com o "poderoso" Paços de Ferreira (quem duvida que observe com atenção as próximas partidas). Esta forma passiva de abordar as partidas é um dos vários meios para atingir a vitória: defender com coesão e avançar em transições rápidas para o ataque, ou seja, uma terminologia diferente para dizer "contra-ataque". Depois de anos a fio a criticar o cattenacio italiano,a cultura resultadista que repetidamente apelidamos de anti-jogo, somos tolerantes em aceitar essa mesma metodologia para o nosso futebol? Com os investimentos avultados a cada Verão em novos jogadores, com uma equipa reconhecidamente capaz de aceitar a responsabilidade de assumir as despesas do jogo, com executantes de enorme qualidade, com os apelos constantes para que se encham os estádios, podemos tolerar um espectáculo deprimente por parte da única equipa com com executantes capazes de proporcionar um óptimo espectáculo? Não é por acaso que esta equipa não tem tido soluções para abrir as defesas mais cerradas, e irá continuar a ter problemas se não formatar o seu estilo de jogo previsível! A jogadores como Hulk, Valeri e Belluschi não se lhes pode pedir que continuadamente se desgastem em missões defensivas, mas sim que coloquem ao serviço da equipa todas as suas potencialidades técnicas, liberdade para assumir as despesas do jogo ofensivo da equipa, que descubram espaços nas defesas mais cerradas, que encantem a plateia com a magia que brota do seu futebol. Jesualdo Ferreira tem sido mestre em limitar a iniciativa dos jogadores criativos, em delimitar ao pormenor o raio de acção de cada jogador na equipa e isso tem tido reflexos na previsibilidade do jogo ofensivo e na qualidade do futebol apresentado e por aí se explica que Ibson nunca tenha sido opção para o treinador. O sistema táctico da equipa não pode permitir que exista um jogador na posição 10 cuja missão seja a de construir e delinear o caudal ofensivo, implicando necessariamente que Valeri e Belluschi venham a sentir dificuldades para se imporem no onze e se vejam obrigados a" formatar" o seu jogo, passando a jogar como médios de transporte de jogo rápido para o ataque, sem poderem bloquearem em demasia a bola em seu poder. Mas de que forma se conseguem desbloquear jogos contra equipas que defendem com unhas e dentes o 0-0? Com rasgos individuais do guarda-redes adversário? A opção de entregar a iniciativa ao adversário resulta na perfeição com equipas de dimensão equivalente ou superior, que gostem de jogar o jogo pelo jogo e de partilhar o meio campo adversário, o que se tem verificado na Liga dos Campeões com maior frequência. Não foi à toa que os melhores jogos do Porto de Jesualdo Ferreira se verificaram nas eliminatórias com Atlético de Madrid e Manchester United na última temporada, assim como não foi despropositado o facto de a equipa sentir sempre mais dificuldades contra as pequenas equipas do nosso campeonato no Dragão. A meu ver este plantel apresenta os jogadores ideais para avançar com a reformulação do seu sistema táctico para um 4-1-3-2, em que Fernando seria o pivô defensivo de uma linha de 3 médios composta por Rául Meireles, Rodriguez e com espaço para um médio criativo ( Valeri/Belluschi); a frente da ataque seria entregue a Hulk e Falcão/Farias. Cabe a Jesualdo Ferreira a missão de aceitar o desafio de se formatar a si próprio e colocar esta equipa a praticar bom futebol,a empolgar as plateias e a encantar a Europa do futebol com a qualidade dos seus jogadores. Mas como "burro velho já não aprende"...resta-me continuar a sofrer em frente à televisão, já que com este treinador o meu Dragon Seat vai ter que esperar pelos dias de melhor futebol!
04 agosto 2009
Falcão a sobrevoar a área!
Orlando Sá, promessa nacional!
Varela...velocidade a custo zero!
03 agosto 2009
Belluschi depois de Lucho!
Diego Valeri ataca lugar do El Comandante!
"El Perro" Prediger
02 agosto 2009
Álvaro Pereira acelera na esquerda!
Nuno A. Coelho, na peugada dos gigantes!
Maicon, o clone de Pepe!
Miguel Lopes para crescer à direita
Beto para ameaçar a baliza de Hélton
29 abril 2009
Protejam-se os artistas! Aos outros não se lhes partam as pernas...punam-se!
Jesualdo Ferreira lançou a discussão no futebol português! Paulo Bento preferiu ironizar! Mas a discussão merece certamente reflexão. Em Espanha, já ouvimos esta época Guardiola pedir protecção para Messi. O mesmo tem sido apanágio de Sir Alex Ferguson, que em Inglaterra pede que se punam as faltas duras sobre Ronaldo. Mas o que fazer para proteger os jogadores mais dotados tecnicamente, os verdadeiros desequilibradores tão procurados pelos adversários?
Na retina está ainda a recente lesão de Hulk, vítima de mais uma entrada à margem das leis e desta vez resultando numa lesão grave, que o retirará da fase decisiva do campeonato sem que o infractor tenha sido sequer punido disciplinarmente. Finalmente, terão dito os próximos adversários dos azuis e brancos que assim não terão que lidar com a força, a velocidade de execução, o virtuosismo e a capacidade de explosão do jovem brasileiro do Porto. As entradas “assassinas” sobre o avançado já vinham sendo recorrentes em jogos anteriores e alvo de reparos da equipa técnica azul e branca, impávida perante a passividade irritante dos árbitros. Relembre-se o jogo de Guimarães, em que Jesualdo Ferreira se viu obrigado a retirar Hulk do terreno de jogo receando pela sua condição física, depois de mais uma entrada violenta. Nessa partida, foram várias as homenagens que os defesas do Vitória fizeram questão de deixar visíveis nas pernas do avançado, gozando da permissividade do árbitro do encontro. Nesse jogo como em outros, Hulk foi vítima do virtuosismo do seu futebol, das suas capacidades físicas sobrenaturais e de uma técnica apurada capaz de resolver as partidas.
Mas não deveriam ser estes os jogadores privilegiados na protecção dada pelas esquipas de arbitragem? Não devemos penalizar severamente as “entradas” com o intuito único de prejudicar a integridade física dos melhores executantes? Sim, claro! Até porque são estes os jogadores que entusiasmam as plateias, que enchem os estádios, que determinam várias vezes o sucesso ou insucesso das épocas desportivas e que regam os sedentos cofres dos clubes nacionais.
Paulo Bento optou por responder a Jesualdo Ferreira pedindo igual protecção para os jogadores menos virtuosos, precisamente aqueles que normalmente procuram a bola nas pernas dos jogadores mais velozes e dotados tecnicamente! Um discurso irónico e de quem suspeita que o Futebol Clube do Porto sem Hulk é uma equipa menos determinante e fantasista, deixando espaço para o Sporting continuar a sonhar. Ele próprio enquanto jogador não foi um primor técnico, antes um bloqueador de jogo ofensivo. E deve haver espaço no futebol para que coexistam ambos: os que têm como preocupação pensar o futebol ofensivo e os que único intento passa por o destruir. Mas qual seria o discurso de Paulo Bento se visse a sua equipa privada de contar com o contributo de Moutinho ou Liedson para o que resta da temporada? Ou a reacção de Quique Flórez se Reyes e Di Maria fossem constantemente molestados pelos adversários?
Alguém consegue imaginar a fabulosa jogada de Maradona, nos quartos de final do Mundial do México, terminar abruptamente com uma valente “sarrafada” de um gentlemen inglês? Claro que conseguem! Porque os seus adversários o tentaram vezes sem conta, porque várias vezes essa é a instrução que os jogadores recebem no balneário e porque está constantemente a acontecer nos relvados. Não só nos portugueses, como é óbvio! Mas pudemos imaginar o futebol sem esses momentos de rara magia? Sem os verdadeiros heróis que permanecem no imaginário como lendas eternas? Não, é claro! Assim como, não o poderemos consentir sob pena de dar azo a que o futebol seja cada vez mais um desporto físico e impetuoso. Mas beneficiando da actual impunidade das equipas de arbitragem, vamos poder continuar a assistir à sequela do já conhecido filme “ Caceteiros III”, a cada final de semana num relvado perto de si…eles sabem do que estou a falar!
16 março 2009
Jesualdo, um campeão a caminho do desemprego?
12 janeiro 2009
Cissokho é reforço! Tengarrinha e Lino saiem...
Pressão de ser líder...
1º O Porto jogou sobre pressão, já que foi o último dos candidatos ao título a entrar em campo e sabia de antemão que os seus perseguidores tinham vencido os seus jogos. A equipa simplesmente não teve o estofo necessário para aguentar apressão . Jogando contra uma equipa que denotou imensas fragilidades defensivas, construíu diversas oportunidades de golo, muitas delas flagrantes à boca da baliza, mas acusou em demasia a pressão de continuar a ser líder. Entrou bem na partida, falhou logo duas boas oportunidades no 1º minuto de jogo e permitiu que depois o Trofense se adaptá-se ao seu esquema táctico e se intrincheirá-se na defesa. Faltou acima de tudo discernimento para levar de vencida um pobre Trofense, que veio ao Dragão claramente para jogar em contra-ataque e defender com os seus homens atrás da linha da bola. Um campeão é-o a ganhar também ás equipas da metade inferior da classificação e como alguém já disse: " É contra as equipas pequenas que se vencem campeonatos". E nesse aspecto a equipa já falhou por diversas vezes esta época.
2º Começa a ser recorrente ver Lisandro e Lucho desperdiçarem golos de finalização fácil, à boca da baliza. Uma vez mais, Lisandro não foi o matador que se sabe ser, desperdiçou e errou em demasia. Será que continua a desesperar por um bom contrato? Lucho passeia literalmente pelo campo, falha quando deve ser o matador a que nos habituou e tem sido um espelho do jogador que encantou as plateias no Dragão. Parece-me claramente propositado e sinceramente há muito que não acredito que esteja na equipa de corpo e alma, teremos um novo caso Quaresma? Quer sair desde o ínicio da temporada e parece só render na Champions! Os dois argentinos estão alheados do jogo e dos objectivos da equipa e isso reflecte-se nos resultados, porque são duas importantes peças do esquema táctico do Porto. Prova disso, são as declarações de Lucho no final da partida que denunciam a displicência com que também encara os jogos: " Há que seguir o nosso trajecto com calma. Temos um grande plantel e no final do ano seremos campeões, por certo." É muita confiança para quem tão pouco demonstra em campo os argumentos que fizeram dele um dos ídolos do Dragão.
3º Jesualdo Ferreira continua a dar pontápés no ar. Depois de cada conferência em que denota uma confiança excessiva na equipa, segue-se sempre um resultado pouco satisfatório. Ficou célebre a frase antes do duelo com o Sporting para a Supertaça: " Ganhar no Porto é como escovar os dentes". Desta vez limitou-se a dizer que:" Há primeira todos caiem, mas há segunda só cai quem quer! " Levando à letra as suas palavras o Porto perdeu a liderança porque quis...A arrogância fica-lhe mal e o Porto tem pagado caro com isso!
4º Os erros da equipa de arbitragem neste jogo custaram ao Porto um pénalti claro sobre o Lisandro, mas estes erros não desculpam a ineficácia do ataque e os sucessivos empates caseiros. Este é o segundo jogo consecutivo no Dragão a empatar e novamente sem golos, o último tinha sido contra o Marítimo. Um novo dado, é que os portistas têm tantos pontos esta época em casa como fora de portas: 14. Apesar de ser normal as equipas se fecharem em bloco no seu meio-campo quando actuam no Dragão, a equipa do Porto tem que ter as armas e as soluções capazes para abrir as defesas contrárias e principalmente, aproveitarem as oportunidades de golo que surjem constantemente. Já aqui deixei expresso por diversas vezes, o meio-campo do Porto não funciona quando tem a responsabilidade de abrir as defesas, falta-lhe a criatividade e a imaginação de ver os espaços onde eles ainda não existem, a equipa precisa de um típico 10. Até porque, em todas as épocas as equipas "metem no autocarro em frente da baliza" e nem por isso o Porto deixou de ganhar os seus jogos. Estou certo, que na partida de ontem bastaria uma única oportunidade ao ataque do Trofense para desfeitear Heltón. A não esquecer que, a última vez que o Porto desperdiçou tantos pontos em casa, perdeu o campeonato!
5º Onde está o corrosivo Pinto da Costa? Alguém o viu? É preciso que, aliás como sempre fez e bem, se sirva da comunicação social para lançar os seus já conhecidos e corrosivos ataques às arbitragem avermelhadas, principalmente nesta fase em que a pressão benfiquista sobre os árbitros vai dando frutos e pontos importantes. O SC Braga só terá sucesso nas suas pretensões de expôr a nú a tendenciosa arbitragem da partida no Estádio da Luz, se tiver apoio do Porto nesta altura. Todos têm reclamado o seu quinhão de fortuna perante os árbitros e o Porto vê com complacência todo o burburinho que se levanta, com prejuízo para o clube na maioria dos casos!