
O ciclo de Luíz Felipe Scolari apesar de alguns bons resultados em fases finais pecou pela falta de títulos, a inexistência de projectos vitoriosos nas selecções jovens, pela falta de coerência na escolha dos jogadores seleccionáveis ( quem excluiria Baia quando foi considerado o melhor guarda redes europeu?), cenas degradantes com atritos com jogadores e jornalistas e pela falta de ética com que negociou a sua saída para o Chelsea, quando ainda decorria o Campeonato da Europa. Não faltaram os apelos à união dos portugueses junto da Selecção, as rezas e santos no balneário da equipa, assim como alguns milagres, mas ficou a impressão ( principalmente no Euro 2008 ) que os recursos técnicos e tácticos de Scolari eram demasiado parcos para levar a Selecção à conquista de títulos internacionais.
Carlos Queiróz pode e deve seguramente introduzir alguma disciplina táctica ao jogo da equipa, pautar-se por uma postura correcta e cordial no tratamento com a imprensa e jogadores (adversários inclusive) e dotar as selecções jovens com um projecto coerente e ambicioso para que não se assistam em futuras campanhas em Europeus e Mundiais a situações de desconhecimento de autoridade, de faltas de disciplina e comportamentos pouco convenientes a jogadores profissionais e treinadores. Com Scolari comprometemos cinco anos dos escalões de formação nacionais e três boas oportunidades para finalmente alcançarmos o tão desejado titulo internacional, quando tivemos provavelmente o melhor leque de jogadores de sempre e um Europeu realizado no nosso país.
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